sábado, 12 de junho de 2010

DEPOIS DO TERCEIRO DIA

Não terei pressa, novo texto.

Espero o teu momento de nascer.

 

Rôo as unhas que perdi na última escalada da parede, novo texto.

 

Disparo um laser na lua enquanto te espero.

Rego as plantas de fazer chá,

Pinto as paredes do meu quarto de escrever,

Respondo e-mails nunca lidos de três anos

E decomponho a fórmula de tudo.

É verde, amarelo, vermelho, verde, amarelo, vermelho, verde, amarelo e vermelho de novo.

A dança de todas as coisas parou no vermelho, novo texto.

 

O que queres?

Formatarei os discos rígidos com todos os textos antigos,

Pois eles não me interessam mais.

Haverá gigabytes só para ti, amigo desconhecido.

 

Não, não os imprimi. Verdade!

Não me tenhas por autor de potocas.

 

O que queres mais? Só a ti espero, novo texto. Por que me afliges?

Algum amor te prende no mundo dos textos não escritos?

Terei de ir aí, te buscar à força?

Jamais!

Recuso-me. Sou um cavalheiro.

Se queres vir, aceite este meu enésimo convite.

 

Aqui estarei, quando chegares, se chegares.

E enfim poderei dormir, ao final deste quarto dia de espera.

2 comentários:

Gleice M'bitch disse...

Nhá *AMEII seu blog *-* E não é mentira naum rs >.<
visita o meu quando vc poder ..beijos profoo *-*

Gleice M'Bitch disse...

*-*