A palavra me desafia com seu flerte.
De soslaio me provoca.
Olha e não ao mesmo tempo.
A palavra me estimula
No meio de tantas vozes.
Há multidão,
Centenas de cabeças que se batem.
A palavra pula sobre elas
Como em pedras de um regato.
Está na nuvem,
Disponível a todas as mãos.
Ninguém a pega.
Ninguém.
Nem ao menos uma garotinha
Com seu diário digital.
(Marabá, 28/05/12)
segunda-feira, 28 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
NO ÚLTIMO CHUVISCO
Abre a janela do teu quarto, vê
Debaixo do sol que eu e tu bronzeia
No oco da castanha um passarinho bica
À lupa por pão que um inseto seja
Eu corri para te ver a ver o que te disse ver
Tropiquei, rolei três vezes
Quase deixei cair o coração
Na outra mão tinha um bilhete
Ele se foi
O sol me disse assim,
Seria o som da tua pele
Um cheiro no meu cabelo
Que lavei pra ti.
Desconheço o autor
Das três estrelas que tu tens
Abre a janela e espia a castanheira já floriu
O sol me disse assim.
Seria o som da tua pele
A borboleta que fotografei
No último chuvisco?
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