quinta-feira, 26 de julho de 2012

PRIMEIRO POEMA SOBRE TUA SINA

Te deram nove espinhos.
Em mim doeu cada um, dos nove.

Toda lágrima tua era um rio inavegável.
Se nadar tentasse,
Morreria por afogamento em água e sal.
Se nada tentasse,
Morreria por desgosto ante o meu fracasso.

Me plantei entre os dois.
Percorri o caminho do meio.

Quando me apercebi,
Me fitavas com teus olhos vesgos.

Afastei-me de ti,
Como quem corre da dor de saber a hora da morte.

Só então entendi que a angústia de saber a morte
É muito mais doída que morrer enfim.

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