O alarme de todos os dias
Grita-me.
Grita-me
O que devo e o que não devo.
Tenta abrir meus olhos
Que não ouvem,
Não neste poema pequeno.
O poema diminuiu.
Dói-me o espaço
De cento e quarenta caracteres do poema.
Dói-me a higiene do abraço ausente,
Dói-me o ódio da multidão sem corpo.
O alarme grita-me o que não devo.
O que não devo?
Digo o que não devo.
Não devo me contentar com as folhas secas
Do teu outono que precede o inverno de lençóis sozinhos.
Para mim
Mais é a umidade daquele verão
E das sementes lançadas
Na terra
Que arei com dedos e unhas curtas
- A terra que tomei.
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