- Ah, escrevi um texto pra ti.
- Sério? Me mostra!
- Aqui. (tira do bolso da camisa – embora moleque, coisa de
homem com data de nascimento antiga – o papel amassado)
Ela o lê.
“Você é um pedacinho
De cada coisa boa no mundo
Que vem tal aquele gosto de infância
Que deixa saudade ao partir
É aquela estrela de que fala a música
Quando sentir minha falta
E quiser me achar
Siga a trilha de corações
Que rabisquei no céu”
Ela
nada diz. Dobra o papel e o devolve.
- Não gostou?
- Gostei. Muito. Mas poesia não é pra mim. Minha vida não
tem poesia.
E foi
embora, deixando atrás de si a trilha das suas sandálias de borracha.
Um comentário:
interessante.....e triste ao mesmo tempo....que mulher sem coração.
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