sexta-feira, 4 de março de 2011

SOBRE O NÃO-RISO

Hoje canto para o teu desamor.

Eu, que setecentas vezes te avisei

Do perigo de correr com os pés nus

Sobre as pedras que não eram pedras

Queria rir, mas não posso.

Não bati tambor anunciando a tua queda.

Não rio da tua cara esborrachada.

Apesar da queda,

Levanto-te e te lavo

E te deixo chorar por sobre os ossos do meu ombro tolo.

Mesmo sabendo que os olhos perderão o inchaço.

Mesmo sabendo que partirás sem as sandálias que te dei,

Para caíres de cara novamente.

3 comentários:

Diego disse...

Quero por meio deste comentário,caro professor, colocar em publico o meu humilde Blog e queria a sua grandiosa presença nele isso é si o senhor querer é claro, não sou um escritor como tal mas tento o máximo que posso. Abraços e até mais.http://diego-pensecomigo.blogspot.com/
diego seu ex-aluno.

Unknown disse...

Eu sou fascinada pelo seu jeito de escrever, não me canso de ler tudo que escreve.
Parabéns, entre muitos e muitos você se destaca sem esforço.

Anônimo disse...

Senti um gosto bom *.* de indiferença ao próximo neste poema XP