sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ALUMBRAMENTO

Era um alumbramento.

Juntava em torno de si todos os miniplanetas quando caminhava.

Dona de todas as cores era ela,

Até das que eu nunca imaginei saber.

Não perguntei seu nome,

Não no primeiro dia,

Pois os seus sapatos me meteram medo.

No segundo apenas observei, escondido atrás da moita dos meus óculos.

Quando, finalmente, ao terceiro dia,

O balão de aniversário do meu peito encheu-se de coragem,

Ela faltou ao trabalho.

Quando curei a preguiça que adoecia minha coragem,

Ela não foi.

Nunca saberei por que faltou.

Nunca saberei seu nome.

Mas o papel amarelado da minha memória sempre guardará

As cores das quais era dona,

E seus passos de mulher determinada,

Com aqueles sapatos que me meteram medo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tentando imaginar pq diabos os sapatos lhe meteram medo?! Se fosse vc um ser de tamanho reduzido diria que era por medo de ser pisado pelos conceitos desta mulher tão decidida.
Mesmo não sendo este o sentido, como suponho, digo (e não consigo deixar de dizer pq isto´já se torna um desvaneio. Desvaneio de toda página que aqui já li) que há mulheres capazes de pisar nos sentimentos mais nobres e doces de um homem. Mesmo que tais sentimentos sejam raros dentro dos muitos seres que se denominam Homens.
E isso querido -talvez com algumas descordâncias- vc já saiba.
rsrs Sei que sabe... sabe tão mais, e sinceramente só tenho uma crítica a fazer ao pouco que li de vc...
Mas já cansada de muito escrever e provavelmente também de torná-lo sonolento com este enfadonho texto deixo a crítica para outro anoitecer (já é noite, mas se torna tão mais charmoso dizer anoitecer que não resisto XP).
Me retiro por enquanto, tenho que tentar reler, apesar da falta de tempo, Água viva de Clarice. Há muito devo uma conversa sobre isto com um certo "garotinho".
Beijos ^^